Utópico(s) no Mitus

Mitus

Foi há muito tempo. Eu pensei-o. Eu criei-o. É um mitus...

terça-feira, dezembro 27, 2005

Natal no pretérito mais-que-perfeito

O Natal já lá vai e a verdade é que passou mais rápido que um cometa. Não desejei Feliz Natal a ninguém através de msn, facto que me deve colocar entre os 0,01% da população portuguesa que também não o fez. Esqueci-me de deixar aqui no Mitus uma mensagem bem bonita e pirosa, como o Natal deve ser. Honestamente, não me apeteceu. Mas também... nem sempre me apetece lulas recheadas e eu adoro lulas recheadas.
.
Algumas notas:
- deste Natal fica-me a memória da chuva torrencial no dia 24 à noite, perto da hora da ceia. Fumava eu um cigarrinho à janela quando comecei a ouvir na terra do vizinho da frente um "toc-toc" inconfundível. Era ela! A chuva! Começou por cair de mansinho. Depois deu-lhe forte. Muito forte. Deixei-me ficar na varanda. E como "mandava" a Sade na aparelhagem do quarto... Cherish the day! Deixei-me ficar e foi o melhor momento (privado) do meu Natal.
- o nível de ruído na manhã de 25 foi menor que em anos anteriores, ainda assim vamos ter de continuar a campanha "Neste Natal não ofereça aos putos brinquedos com apitos, motores fictícios ou outros sons desagradáveis aos ouvidos dos adultos". Para o ano temos fé que seja melhor.
- o bacalhau com todos do dia 24 e o lombo com ameixa e doce de maçã do dia 25 estavam deliciosos. Ficou provado, mais uma vez, que a minha mãe e o meu pai são excelentes cozinheiros e eu uma óptima apreciadora.
- a tarte de maçã estava deliciosa. o pudim caseiro, magnífico. a tarte de leite condensado, divinal. o bolo de frutas, segundo consta, também estava bom. Quanto ao resto, não tive barriga para mais.
- o vinho tinto era melhor que o branco. muito melhor. o ice tea também deu jeito.
- desta vez não jogámos à lepra. nem ao king. nem krapô. não jogámos, portanto, às cartas.
- esteve-se bem, em família. com crianças, jovens-adultos, adultos e velhotes.
Uma verdadeira família!
.
PS - não posso deixar de manifestar o meu mais profundo desagrado para com todas as famílias que deixaram os seus pais-natal pendurados à janela mesmo com chuva torrencial e ventos quase ciclónicos. Será que ninguém teve dó do velho gordo, desajeitado, sem transporte e com bagagem pesada?