Utópico(s) no Mitus

Mitus

Foi há muito tempo. Eu pensei-o. Eu criei-o. É um mitus...

terça-feira, agosto 31, 2004

Lugares estranhos (ou nem tanto)

Arronches, Assumar, Vaiamonte, Urra, Alpalhão, Fortios, Gáfete, Tolosa, Comenda, Fadagosa de Nisa, Arez, Gardete, Riscada, Juncal, Vermum, Fratel, Alvaiade, Retaxo, Cebolais, Sarradas, Sarzedas, Alcains, Tinalhas, Lardosa, Soalheira, Alpedrinha, Caria, Benespera, Galegos, Gonçalbocas, João Bravo, Rapoula, Verdugal, Pêra do Moço, Martianes, Guilhafonso, Toito, Ervas Tenras, Arco Roque, Penha Fortes, Freixedas, Menoita e Ramela. Estes são nomes de terras em Portugal. Apenas parte daqueles que consegui apontar, numa longa e lindíssima viagem até Pinhel, concelho da Guarda. Anotei-os porque os achei estranhos. Mas depois comecei a pensar melhor e vi que, no Algarve, por exemplo, existem lugares com nomes muito mais duvidosos... Querença? Belamandil? Bias? Carrapateira? Purgatório? Estói? Parises? Faro? Olhão? Fuzeta?... E então percebi que os primeiros são apenas meus desconhecidos, e, por isso, estranhos.
Ai, Portugal, Portugal...

segunda-feira, agosto 30, 2004

Injustiças das grandes!

Estava eu acabada de chegar de uma viagem cheia de coisas lindíssimas e boas de contar quando me deparei com uma situação, no mínimo, deplorável. Fernando Esteves Pinto, autor da Escrita Ibérica, foi plagiado com "p" maiúsculo. Acho tão deprimente que me dá vómitos. E se falo disso aqui é porque acho que a senhora Júlia Oliveira merece passar pela vergonha de ser descoberta.
Mais uma vez confirmo a minha suspeita: existem pessoas que só contam com a sua própria inteligência (se assim lhe podemos chamar...)

quarta-feira, agosto 25, 2004

Monte Mariposa, o paraíso na terra

No passado fim-de-semana descobri um sítio maravilhoso, onde apetece ficar para sempre. Fica no Algarve (não sei porque é que não descobri isto mais cedo!) e aqui tão perto - a 2 Kms de Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira.
Somos recebidos num ambiente altamente informal, onde cada um veste o que bem apetece (pouco, muito ou quase nada), onde há garrafões de água fresquinha e copos coloridos por todo o lado, onde o cheiro a incenso da noite anterior ainda se faz sentir. É proibido o uso de telemóvel dentro do Centro e não se pode fumar sem ser na rua. As paredes são coloridas, com invocações às mais diversas culturas. O apelo para nos deitarmos a descansar é constante, pois as redes de descanso existem por todo o lado, sempre por baixo de uma sombra fresca. A paisagem árida mas lindíssima da Serra do Caldeirão obriga-nos a permanecer abrigados do calor e, para isso, podemos recorrer à piscina pequenina mas tão atractiva quanto os grandes salões. É neles que podemos experimentar o Nada Yoga (um dia explico o que é!), o Reyki, a meditação em grupo, a musicoterapia, a Biodanza ou ainda a massagem Ayurvédica.
É tudo tão tranquilo que parece crime dizê-lo com palavras tão vazias.
Os sorrisos, a simpatia e o Amor, são uma constante nos rostos e nos gestos de todos aqueles que escolhem o Monte Mariposa para se elevar espiritualmente ou, simplesmente, para descansar da vida cosmopolita.
O alojamento é extraordinário, podendo optar-se por cabanas de madeira espalhadas pelo vale, tipis enormes (recomendo vivamente!) ou ainda as mais em conta tendas de campismo. Não esquecer ainda o "templo do vale", como gostam de chamar ao salão instalado mesmo no meio de toda a vegetação praticamente virgem. É incrível a sensação de estarmos lá dentro (sempre descalços) e nem sentirmos os vidros que nos separam da natureza.
No Monte Mariposa até os cães estão num estado zen! Esparramam-se no chão, em qualquer parte, sem ligar importância à presença de outros. É tudo lindo. Não sei explicar.
Deste primeiro contacto (espero repetir muito em breve) ficou-me uma frase tão verdadeira e simples que se encontrava por cima do balcão da cozinha, também ela lindíssima: O Amor Cura. E não é que pode curar mesmo?
Recomendo vivamente. Que se perca o amor ao dinheiro, que se ganhe amor à vida, na sua plenitude. Foi tão bom que parece mentira!!!

segunda-feira, agosto 23, 2004

Brasil e Portugal I

A propósito deste post do Asul e na sequência deste meu comentário ao dito cujo, é interessante verificar que os brasileiros, apesar de partilharem a língua portuguesa connosco, são tão distintos na sua utilização! Que se dê um saltinho até ao blog do Renato (re-nato!) e compreenda-se o que quero dizer! Neste post, por exemplo.

sexta-feira, agosto 20, 2004

Citações

Em homenagem aos dois anos de muitas e belíssimas histórias;
Aceitando a sugestão do aniversariante;
Tentando aprender qualquer coisa na vida...


Aqui fica uma das muitas citações:


Leitor e Autor, num Mundo á Parte

Ler um livro é desinteressar-se a gente deste mundo comum e objectivo para viver noutro mundo. A janela iluminada noite adentro isola o leitor da realidade da rua, que é o sumidouro da vida subjectiva. Árvores ramalham. De vez em quando passam passos. Lá no alto estrelas teimosas namoram inutilmente a janela iluminada. O homem, prisioneiro do círculo claro da lãmpada, apenas ligado a este mundo pela fatalidade vegetativa do seu corpo, está suspenso no ponto ideal de uma outra dimensão, além do tempo e do espaço. No tapete voador só há lugar para dois passageiros: leitor e autor.


Augusto Meyer, in 'À Sombra da Estante', by Citador

As coisas que a malta descobre

Encontrei um blog interessante - Os tempos que correm - através d' Um pouco mais de sul. No primeiro li um post que dava a conhecer um indicador de cultura para o povo português, baseado na escolha do quadro mais e menos querido. Somos estranhos. Mais interessante será perceber o porquê da Holanda ter feito uma escolha tão distinta da dos outros países... Será a liberalização? (Malandrice, confesso!)

quinta-feira, agosto 19, 2004

Livros em Olhão

"Não é uma tradicional feira do livro, nem sequer um mercado convencional de venda de livros. A Grande Festa do Livro de Olhão é um espaço de descoberta de verdadeiras preciosidades, daqueles livros que há muito se perdeu o rasto… Uma espécie de feira onde se procura, por entre milhares de obras, aquela que há muito gostaríamos de ter a na nossa colecção."
É esta a proposta da Câmara de Olhão para quem queira visitar o Jardim Pescador Olhanense de 20 a 26 de Agosto. A mim fez-me lembrar alfarrabistas.
A ver vamos... Estou curiosa!


quarta-feira, agosto 18, 2004

Biografia, porque sim

Não é que alguém mo tenha pedido, mas apetece-me dar-me a conhecer. Não será difícil, tendo em conta que sou mais uma pessoa vulgar.

Nasci a 23 de Maio de 1980, em Alvalade, Lisboa, mas sou do Benfica. (Faço questão de o dizer porque toda a gente pensa que, por ter nascido em Alvalade, sou do Sporting.)
Vivi até aos 8 anos no Seixal, terra da Festa do Avante (é o que dizem assim que digo que sou do Seixal!) e vim, depois, para o Algarve, mais concretamente para
Olhão. Terra simpática, mas suja e com uma estranha forma de vida.

Adoro o mar, a música, a palavra, gelado de limão, licores doces, cerveja bem fresca no Verão e bom vinho tinto quando apetece. Adoro as pessoas bonitas por dentro, acredito no bem mais do que no mal, adoro a amizade que nutro por três pessoas fantásticas e adoro deitar-me em lençois fresquinhos. Adoro violas, o fim do dia e chuva miudinha quando estou em casa.

Estudo na
Universidade do Algarve e vou começar em Setembro o 4º ano do curso de Ciências da Comunicação, ramo de jornalismo. No entanto, já sou jornalista credenciada desde Janeiro de 2002, tendo aprendido que os jornalistas e o jornalismo são uns vendidos. Ainda assim acredito no jornalismo verdadeiro, aquele que é feito com o intuito de manter informada - e bem informada - a população a quem nos dirigimos. Não é uma profissão dignificante, mas pode ser muito enriquecedora e isso é o suficiente.

Amo os meus pais, o
meu namorado querido e mais que tudo, amo viver, tenho medo de perder quem amo. Sou fascinada pelos meus sobrinhos, por abraços apertados e beijinhos pequeninos e repenicados. Adoro tradições, sou demasiado curiosa e tenho um fascínio pelo oculto e pelo inexplicável.

Lá em casa ainda sou a "pequenina", embora já o não seja há muitos e muitos anos. Comecei a trabalhar com 10 anos, no restaurante que, em tempos, os meus pais tiveram. Até aos 19 não soube o que era ter férias, fins-de-semana e feriados, mas isso fez-me crescer. Foi tempo bem entregue. Simultaneamente e depois disso ainda trabalhei em pastelarias de desconhecidos, numa pizzaria de gente que não interessa nem ao menino Jesus, fui operador de Telemarketing da TV Cabo e em Novembro de 1999 fui bater à porta de uma rádio local - a
Atlântico FM. Expliquei que queria fazer rádio e eles deixaram! Testes de voz, entrevista, fotografia e acabei por ficar. Ainda cá estou. Comecei na Informação, onde aprendi o jornalismo, passei pela locução, deixei a informação, dediquei-me só à locução e actualmente acompanho os ouvintes nos finais de tarde, das 18 às 20 horas, de segunda a sexta-feira. É divertido!

Como se não me chegassem as inúmeras actividades que tenho, em Abril último decidi, juntamente com três amigos, criar uma empresa de
Comunicação e Marketing. Além de outras coisas, temos a edição de uma revista mensal dirigida ao público algarvio - a Sentidos. E, de facto, é das coisas que mais sentido tem feito na minha vida!

Adoro o Verão e andar de saias fresquinhas, estou a ler
Grande Sertão: Veredas e O velho que lia romances de amor. Adoro dias muito longos, sou louca por cheiros, tenho o vício do tabaco, fui fã do Kevin Costner e hoje quero é paz e sossego na minha vida espiritual. Sou gémeos com ascendente em Virgem mas ainda não descobri bem o que é que isso quer dizer.

Como não poderia deixar de ser numa biografia, fica uma foto tirada de soslaio e sem o meu conhecimento no 7º andar da Região de Turismo do Algarve numa entrevista deveras interessante. Sim, sou eu com uma enorme cara de parva! (Só de pensar que é esta a minha cara durante as entrevistas tenho a certeza que existem coisas substancialmente mais interessantes na vida!!!)

E pronto! Esta poderia ser uma forma de me descrever. Mas... será que sou mesmo assim?

sexta-feira, agosto 13, 2004

Deveras interessante

Depois de explicado o teor dos meus dois cantinhos na blogosfera, reparei que o Santos Passos fez um trocadilho com a questão na lista de blogs recomendados. Para o SP, agora sou Susana Razão no Mitus e Susana Paixão no Sempre inocentes!
Bem observado!

quinta-feira, agosto 12, 2004

Rendi-me... O Mitus é mais forte que eu...

Pela segunda vez em menos de um ano escrevi um post com este título. A primeira foi no dia 28 de Novembro de 2003, dia de "inauguração" do Mitus. A segunda, hoje mesmo, no dia da ressurreição do mesmo!
A questão é que é verdade. O Mitus é uma das faces da minha personalidade. Faz-me falta. No entanto, e porque agora também estou por aqui de uma forma mais pessoal, prometo que por aqui vou tentar ser mais razão. Por lá, mais coração.
E porque ressurreição que se preze é feita com pompa e circunstância, deixo-vos a recuperação do primeiríssimo post do Mitus. Obviamente, o título é o mesmo.

Não há nada a fazer. O Mitus é uma espécie de alter-ego que eu própria criei, sem que soubesse das consequências perigosíssimas que daí podiam advir. Agora foi esta coisa dos blogs... O Mitus soube que toda a gente tem um e forçou-me, numa daquelas possessões mais dolorosas, a criar um blog dedicado a ele. Ainda assim, prometo que às vezes serei eu mesma a falar. Nem sempre fico possuída. Resta esperar para ler.

Voltarei. E em tempo real!