Querido diário,

Hoje fiz a última frequência da minha vida. Bem sei que devia estar feliz, e estou, de certa forma. Mas custa-me pensar que nunca mais vou ter de comprar folhas de teste, nunca mais vou fumar o último cigarro antes de entrar na sala e custa-me, ainda mais, pensar que a escola vai acabar e não vai recomeçar em Setembro. Daqui para a frente, Querido Diário, é só trabalhar o dia todo. Trabalhar para comprar casa, comprar carro, sustentar os putos, comprar isto e aquilo... vai ser estranho, deixar de estudar, depois de tantos anos nisto!

Ainda assim, Querido Diário, terei outras oportunidades de dar uso ao conhecimento e à moleirinha. Não quero ficar por aqui. Em Julho vou tirar um curso de Formação de Formadores e, se tudo correr bem, a monografia também vai ocupar tempo ao cérebro. depois se verá. estou a pensar nuns projectos de investigação e tal... quiçá... Para já estou é mesmo triste porque a escola vai acabar! Foram 21 anos de vida de estudante... Haverá melhor?

[Duvido muito...]

Viagens

Há viagens que se fazem acompanhadas por deliciosas nêsperas, apanhadas pelo caminho.
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foto by Susana Paixão

Um quarto de século

Hoje faço 25 anos. Já faço 25 anos. Ainda faço 25 anos. Só faço 25 anos. É apenas um quarto de século. E lá fora está um dia lindo!

Verdade, verdadinha!

Quem me conhece, conhece também a minha reacção a uma mentira. Detesto que me mintam. Que me ocultem, ainda vá lá, agora mentir... Odeio que me mintam! Mesmo!
Bem sei que há quem prefira uma mentira simpática. Eu não sou capaz. Desculpem lá os colegas, os amigos, os professores a quem digo as verdades, mas não suporto contar mentiras.
Já vivi casos lamentáveis e deprimentes de mentiras de pessoas bem próximas de mim. Não gostei mesmo nada da sensação. Ainda que a mentira não seja directamente relacionada comigo. Não suporto gente mentirosa.
Àqueles que preferem contar mentirinhas engraçadas sugiro uma coisa: experimentem o prazer de dizer uma verdade! Ainda que possa magoar alguém, dá-nos uma sensação de libertação incrível. Sabe bem dizer a verdade! Ser verdadeiro é uma das melhores coisinhas que podemos ser! Dizer a verdade enche o peito e a alma de uma frescura intensa! é que nem consigo explicar a tamanha sensação de liberdade que é!
E pronto! Já disse!

Associação Tampinhas

Durante muito, muito tempo duvidei daquela história das tampas de plástico que davam cadeiras de rodas. Parecia-me que alguém estava a querer ganhar dinheiro com isso. Hoje vi que estive redondamente enganada. Por isso mesmo, as minhas desculpas a quem se esforçou por conseguir esta proeza.